A SpiN-Tec, a primeira vacina 100% brasileira contra a Covid-19, chegou à última etapa dos testes clínicos, ou seja, em humanos. A expectativa é que o imunizante desenvolvido pelo CT Vacinas, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), chegue aos braços da população em 2028.
Segundo os pesquisadores, com o fim da fase 2, concluída neste mês, a SpiN-Tec já se mostrou segura e protege tanto ou até mais que outras vacinas analisadas, porque funciona de forma diferente (leia mais abaixo).
Eficaz contra variantes
De acordo com os cientistas, os imunizantes atuais produzem anticorpos, que tentam impedir a entrada do vírus nas células. O problema é que estão sempre surgindo variantes, o que faz com que essas vacinas percam eficácia, permitindo que a infecção ocorra e evolua para doença.
Já a SpiN-Tec ajuda a preparar as células para prevenir a infecção e impedir o desenvolvimento de doença. Nos testes feitos até agora, ela enfrentou melhor as variantes. E, caso haja infecção, a célula é destruída, evitando que a Covid se espalhe.
A próxima etapa antes da submissão para aprovação final pela Anvisa é a fase 3, que deve começar no início de 2026 e vai contar com 5,3 mil voluntários.