O Senado Federal instalou nesta 3ª feira (17.jun.2025) uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a atuação de organizações criminosas, como facções e milícias no Brasil. O requerimento que cria a comissão foi lido pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
Agora, os partidos devem indicar os nomes que irão integrar a CPI. Serão 11 titulares e 7 suplentes. Os trabalhos da comissão terão duração de 120 dias, com despesas de funcionamento estimadas em R$ 30.000.
A CPI foi proposta pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e busca investigar o avanço do crime organizado, que ele define como “um grande negócio ilícito”, e os impactos na segurança e na economia. Ele obteve as assinaturas necessárias para formalizar o pedido em fevereiro deste ano.
“O crime organizado hoje domina o território brasileiro em proporção cada vez mais crescente. Está inserido em atividades econômicas relevantes”, afirmou Vieira durante pronunciamento no plenário.
O senador, que foi delegado da Polícia Civil, atua em pautas ligadas à segurança pública. Participou recentemente de uma reunião com representantes dos Estados Unidos para discutir cooperação internacional no combate ao crime organizado.
A comissão também irá apurar fontes de financiamento e sugerirá medidas para fortalecer o enfrentamento ao crime. A investigação deve abranger o modus operandi, as condições de atuação nas diferentes regiões do país e suas estruturas de decisão.
Segundo Alcolumbre, o objetivo é identificar soluções para o combate ao crime organizado, com foco na atualização e no aprimoramento da legislação brasileira.
