OUÇA A HITS AO VIVO

Preços das carnes têm a maior alta desde 2020, encarecendo o churrasco

O clima seco, a falta de chuvas e até a incidência de queimadas em diversas regiões do país estão afetando os preços das carnes ao consumidor. Dados do IBGE apontam que as carnes ficaram, em média, 2,97% mais caras em setembro. É a maior alta desde dezembro de 2020, quando estes itens subiram 3,58% em apenas um mês.

O contra-filé foi o que mais subiu de preço na passagem de agosto para setembro: alta de 3,79%. Em seguida aparecem a carne de porco, o patinho e a costela, também com altas de 3%.

As carnes estavam mais baratas ao consumidor no primeiro semestre por conta da maior oferta. Um reflexo do aumento no número de abates no primeiro semestre, explica André Almeida, gerente do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE.

Mas o contexto para queda nos preços vem sendo ofuscado por condições menos favoráveis para o gado devido à estiagem, diz o gerente da pesquisa.

No fim de setembro, a arroba do boi gordo era negociada a R$ 268, na média entre os dias 23 e 30, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. No fim de agosto, a média era de R$ 238,33 – aumento de 12% em um mês.

— Agora, estamos no período de entressafra (quando os produtores precisam alimentar o gado com ração, já que as pastagens ficam secas). E tivemos a questão climática que intensificou a entressafra. Além disso, tivemos uma redução no número de abates em comparação com o primeiro semestre deste ano, o que contribuiu para a alta dos preços em setembro.

Outras Notícias