A reforma do Imposto de Renda proposta pelo governo Lula impõe cobrança de 10% a quem ganha R$ 1,2 milhão por ano ou mais. Quem ganha até R$ 600 mil/ano está fora dessa cobrança adicional. A alíquota extra foi criada para compensar a perda de R$ 35 bilhões de arrecadação com a isenção de IR para quem ganha até R$ 5.000, também proposta pelo governo.
Ambas as propostas – a isenção estendida e a alíquota adicional – precisam ser aprovadas pelo Congresso em 2025 para que possam valer a partir de 2026. Antes, porém, Câmara e Senado devem aprovar as medidas apresentadas pelo ministro Fernando Haddad: o corte de despesas governamentais.
Como funciona a alíquota adicional?
* só se aplica para quem tem renda total superior a R$ 600 mil ao ano (ou R$ 50 mil por mês);
* renda total é a soma de salários, aluguéis recebidos, rendimentos de aplicações financeiras, dividendos e distribuição de lucros, por exemplo;
* a alíquota é progressiva: quanto maior a renda, maior o percentual cobrado;
* diferentemente do que acontece com os salários, as alíquotas não são fixadas por faixas de renda, mas por uma fórmula. Cada renda tem a sua taxa.