O presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Alessandro Stefanutto, disse que o pente-fino em benefícios previdenciários darão uma economia de cerca de R$ 10 bilhões ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2025. A autarquia fará uma análise documental do auxílio por incapacidade temporária e aposentadoria por invalidez.
O INSS contará com ajuda de inteligência artificial para verificar aqueles beneficiários que não deveriam receber os valores. O órgão avaliará, por exemplo, o número de atestado médico “gracioso” que foi concedido por médicos aos segurados.
A revisão é feita pelo Atestmed, criado em 2023 pelo INSS para que segurados solicitem o benefício por incapacidade temporária por meio de uma análise de documentos, sem necessidade de uma perícia médica presencial.
O presidente do INSS concedeu entrevista exclusiva ao Poder360 na 6ª feira (17.jan.2025). Foi nomeado para o cargo em 5 de julho de 2023, no lugar de Glauco Andre Fonseca Wamburg, que ocupava a cadeira interinamente. A autarquia é vinculada ao ministério da Previdência Social, comandado por Carlos Lupi.
Além da inteligência artificial, o INSS deslocou 150 funcionários públicos recém-chamados de concurso público para o MOB (Movimento Operacional de Benefício), responsável por combater fraudes e irregularidades. “Essas melhorias acabam ajudando a você fazer as economias que se comprometeu com o governo”, declarou Stefanutto.
Em agosto, a equipe econômica do governo projetou que os cortes do INSS em 2025 seriam feitos de duas formas:
- medidas cautelares e implementação do sistema Atestmed – R$ 7,3 bilhões;
- reavaliação de benefícios por incapacidade – R$ 3,2 bilhões.