Diante do aumento no número de casos confirmados e de óbitos por coqueluche no estado do Rio de Janeiro, a Secretaria de Estado de Saúde emitiu um alerta sobre a necessidade da vacinação contra a doença para gestantes e puérperas. O comunicado é direcionado aos profissionais de saúde das redes pública e privada e, especialmente, às equipes de vigilância epidemiológica e atenção primária à saúde das Secretarias Municipais de Saúde.
Em 2024, até 15/10, há 216 casos confirmados de coqueluche e três mortes em menores de seis meses de idade no estado.
Em Campos, a, a Secretaria Municipal de Saúde—SMS alerta, mais uma vez, para que crianças, gestantes, puérperas e trabalhadores em saúde tomem a vacina como medida de prevenção. Nos últimos quatro anos, foram seis notificações da doença no município, sendo dois casos confirmados, com boa evolução clínica. Quando se apresenta na forma mais grave, a coqueluche pode ser fatal.
A proteção contra a coqueluche para crianças é feita com a vacina Pentavalente, cuja cobertura vacinal está em 61,33%. Ela é aplicada aos dois, quatro e seis meses. Já a vacina DTP, aplicada em crianças de um ano e três meses e com quatro anos, está respectivamente com 61,33% e 54,03%. Para a dTpa adulto, destinada à imunização de gestantes a partir da 20ª semana gestacional puérperas de até 45 dias, a cobertura é de 27,14%. O mesmo imunizante está sendo aplicado, em caráter excepcional, para trabalhadores em saúde que atuam com serviços voltados para o público de maior risco de infecção.
“Caso a criança esteja com a dose atrasada, a gente pode colocar as doses em dia até os 6 anos, 11 meses e 29 dias. Não é dose extra, é somente se estiver atrasada. O mesmo acontece com a gestante que, se perder o prazo pode tomar durante os 45 dias de puerpério. Entretanto, alertamos para não deixarem de tomar no tempo certo. A coqueluche é uma doença que pode se manifestar de forma grave, principalmente em crianças menores de 6 meses, podendo levar ao óbito, quando não vacinada”, explica o assessor técnico de Imunização da SMS, Leonardo Cordeiro. A meta é imunizar de 95% desse público-alvo.
Todas as vacinas contra a coqueluche, assim como outras do Calendário Nacional de Vacinação, podem ser feitas todos os dias da semana em mais de 30 Unidades Básicas de Saúde (UBS/UBSF) e Postos Extramuros, com atendimento em horário comercial, e do Centro Municipal de Imunização e Testes Neonatal, que funciona na sede da Secretaria de Saúde, e Clínica da Criança, das 8h às 20h.
“O município não tem medido esforços para ampliar a oferta de vacinas. Temos mais de 30 UBSs com vacinação na cidade, temos dois polos centrais funcionando todos os dias da semana, inclusive com horário alternativo, então a população precisa se conscientizar da importância da vacina e procurar um posto para se imunizar, principalmente a gestante que protege não só ela, mas o bebê que está chegando até que possa receber as doses destinadas a ele”, reforçou o assessor.
Além das crianças e gestantes, estão elegíveis para vacinação contra a coqueluche, trabalhadores em saúde da rede pública e privada, c Ginecologia e Obstetrícia; Parto e Pós-parto imediato, incluindo as Casas de Parto; Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) neonatal convencional, UCI Canguru etc; Berçários (baixo, médio e alto risco); Pediatria; Profissionais que atuam como Doula, acompanhando a gestante durante o período de gravidez, parto e período pós-parto; além de trabalhadores que atuam em berçários e creches, com atendimento de crianças até 4 anos de idade.
Para receber a vacina, pais e responsáveis legais devem levar a caderneta de vacinação e documentos pessoais do filho. No caso de puérpera, quando ela for receber a vacina, deve levar também a certidão de nascimento do filho. Já trabalhadores em saúde, documento que comprove o vínculo trabalhista.