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Condenada pelo STF, Carla Zambelli deixa o país

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou nesta terça-feira que deixou o Brasil e está na Europa, sem dar detalhes do país. A declaração foi dada durante entrevista à Rádio Auriverde, na manhã de hoje. Segundo a parlamentar, sua saída do país ocorreu inicialmente para tratar um problema de saúde. No entanto, ela também alegou estar sendo alvo de “perseguição judicial”. Em maio, ela foi sentenciada a dez anos de prisão e à perda do mandato como parlamentar pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).

— Estou fora do Brasil já faz alguns dias. Vim, a princípio, buscar um tratamento médico, e agora vou pedir para que eu possa me afastar do cargo (…) Vou me basear na Europa, tenho cidadania europeia. Estou muito tranquila quanto a isso — afirmou.

O advogado de Zambelli, Daniel Bialski, confirmou que foi informado da viagem, e disse que ela deixou o país “para dar continuidade a um tratamento de saúde”.

Zambelli deixou o país antes da conclusão do julgamento de todos os recursos contra sua condenação, que pode resultar em prisão e na perda do mandato parlamentar. A sentença foi motivada por seu envolvimento em invasões ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A deputada afirmou que pretende viajar pelo continente europeu e se reunir com autoridades para denunciar o que chama de distorções na realidade brasileira. Ela também declarou ter receio de perder o acesso às redes sociais e pediu que seus apoiadores passem a seguir sua mãe, Rita, que deve disputar as eleições no próximo ano. Segundo Zambelli, ela está tentando transferir seus perfis nas plataformas digitais para a mãe. A parlamentar também revelou que emancipou seu filho de 17 anos.

Zambelli se disse vítima de perseguição, mas afirmou ter “renascido” fora do Brasil:

— Me cansei de ficar calada, me cansei de não atender meu público (…) Nosso país não tem condições de abarcar pessoas que querem falar tanto quanto eu

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Zambelli e o hacker Walter Delgatti foram responsáveis por elaborar e inserir diversos documentos falsos no sistema do CNJ. Entre eles, um mandado de prisão forjado contra o ministro Alexandre de Moraes, redigido como se tivesse sido assinado pelo próprio magistrado. O documento foi incluído no Banco Nacional de Mandados de Prisão, vinculado ao CNJ.

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Atualmente afastada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Zambelli afirmou que sua relação com ele foi “envenenada” pelo ex-advogado Fábio Wajngarten, que teria a responsabilizado pela derrota nas eleições presidenciais. Wajngarten foi recentemente demitido a mando da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.