Em meio à onda de calor que atinge diversos estados do Brasil, em especial o Rio de Janeiro, o protetor solar tornou-se um item ainda mais indispensável no dia a dia. E os consumidores já estão atentos: um levantamento feito pelo comparador de preços Zoom/Buscapé aponta que a busca por produtos da categoria aumentou 43% entre 1º e 17 de fevereiro deste ano, em comparação com o mesmo período de janeiro.
Apesar da alta demanda — e do calor —, os preços continuam elevados. Segundo a pesquisa, o valor médio do protetor solar ficou em R$ 63 no período analisado. Para economizar sem abrir mão da proteção, alguns consumidores estão recorrendo as lojas de equipamentos de proteção individual (EPIs), onde o produto pode ser encontrado por menos de R$ 30, na embalagem de 120ml.
Apesar de o protetor solar não ser classificado como um EPI, há que empresas o consideram importante para a proteção dos trabalhadores expostos ao sol, o que explica sua presença nesse tipo de estabelecimento. Raul Casanova, diretor executivo da Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho (Animaseg), esclarece que a diferença de preço ocorre em função da diferença de mercado consumidor:
— Em geral, a composição é a mesma, o produto é o mesmo. O que muda é o mercado no qual são vendidos, e isso impacta o preço.
Nas redes sociais, consumidores já compartilham essa alternativa para economizar. No X, a usuária Thaís Botelho mostrou que lojas de EPIs oferecem embalagens de 1 litro do produto com preços entre R$ 70,90 e R$ 142. “Em lojas de EPI, o protetor solar sai muito mais em conta”, escreveu a internauta.
Lilian Wesendonck, farmacêutica industrial e consultora da Animaseg, diz que não há qualquer problema na compra de protetores solares em lojas de EPIs, pois os produtos têm a mesma composição dos vendidos em farmácias e supermercados.
— Os produtos vendidos em lojas de EPIs são registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como os comercializados em farmácias. A diferença de preços ocorre porque o setor de segurança do trabalho pratica margens menores e tem uma concorrência diferente.
A Anvisa confirma que, desde que regularizados, os protetores solares podem ser comercializados em diferentes pontos de venda.
“Em geral, os cosméticos podem ser encontrados em farmácias, distribuidoras de cosméticos e lojas especializadas. Loja especializada em EPI, que possua CNAE que abranja a comercialização de cosméticos dessa natureza, certamente poderá vender protetores solares”, informou o órgão regulador em nota.