OUÇA A HITS AO VIVO

Brasil levará preocupação com ondas de calor ao G20

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou que apresentará ao G20 as preocupações sobre os impactos das ondas de calor na saúde. Ela enfatizou os efeitos prejudiciais especialmente em populações vulneráveis, como os idosos.

Nísia Trindade disse que as ondas de calor afetam não somente a saúde humana. “Afetam condições de pesca, condições do ar e tudo isso com o impacto até na possibilidade de um uso racional e sustentável da biodiversidade. É um impacto enorme. Por isso é tão importante a preparação do Brasil nessa agenda tanto no G20 quanto na COP 30”, afirmou a ministra em conferência na 2ª feira (9.set.2024).

Cada vez mais o Brasil tem vivenciado ondas de calor em diversas regiões, com temperaturas superando 40 °C. O país também enfrenta a pior seca em mais de 70 anos, além de focos de incêndio em quase todas as unidades da federação.

Nísia Trindade disse que preocupação com ondas foi uma das prioridades da Conferência de Institutos Nacionais de Saúde Pública, no Rio.

Os demais 3 temas prioritários são: preparação e resposta a emergências de saúde; saúde digital para expansão de acesso à saúde e integração de dados; e equidade no acesso à saúde. Este último é considerado pela ministra um tema “transversal”, pois está presente em todas as prioridades.

As declarações se deu na Conferência dos Institutos Nacionais de Saúde Pública. O evento marcou a 1ª reunião dos institutos nacionais de saúde pública do G20, que está sob a presidência temporária do Brasil. Ao todo foram mais de 120 instituições, presentes em cerca de 100 países. No Brasil, o papel de instituto nacional cabe à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

O presidente da fundação, Mario Moreira, disse que a realização do evento é um alinhamento com a reinserção do governo brasileiro no contexto internacional, sobretudo, defendendo o multilateralismo.

“Saúde global não pode ser tratada de uma forma individual [apenas dentro de um país]. A Fiocruz está plenamente afinada nisso, fazendo no seu âmbito de atuação os acordos regionais, bilaterais, sempre na perspectiva de uma saúde global”, disse Moreira. Ele também colocou a América Latina e a África como regiões de grande interesse de cooperação.

Ele anunciou que a Fiocruz, que já tem um escritório em Maputo, capital de Moçambique, caminha para abrir mais 3: em Adis Abeba (Etiópia), Lisboa (Portugal) e Washington (Estados Unidos).

Outras Notícias