Para dar mais segurança a transações via Pix, o Banco Central está desenvolvendo uma nova funcionalidade que vai permitir o rastreamento, o bloqueio e a devolução de valores transacionados.
“Não está [pronta] ainda, mas a gente vai anunciar em breve”, afirmou o presidente da instituição Roberto Campos Neto nesta segunda-feira (4), durante evento do Google sobre Pix por aproximação.
Campos Neto disse que o BC trabalha para mitigar as fraudes com Pix utilizando inteligência artificial de análise de dados.
“Temos que conseguir identificar padrões de fraude de tal forma que consigamos antecipá-las. Estamos avançando cada vez mais. É um trabalho que nunca acaba. Você vai se aprimorando e as fraudes também”, disse o economista, que trocou o terno por uma camisa polo com os símbolos do Pix e do Drex, o projeto de moeda digital do BC.
Para combater os golpes que usam o Pix, Campos Neto disse que também é necessário que o mercado financeiro elimine as contas laranjas e fantasmas.
“A fraude acontece porque há conta receptora. Há muita conta laranja e muita conta fantasma. precisamos endurecer os critérios para se abrir conta”, afirmou o presidente do BC.
Ao ser questionado se a agenda de transformação digital do BC deve seguir com o novo presidente, Gabriel Galípolo, que assume em 2025, Campos Neto disse que ela independe do comando da instituição.
“É natural que cada gestor imprima seu ritmo e direcionamento. O BC tem essa agenda de inovação há algum tempo. Como o Ilan Goldfajn, meu antecessor falava, é uma corrida de bastão. É importante que o próximo corra mais do que você.”