O Brasil ocupa o 3º lugar no ranking global de juros reais (quando é descontada a inflação). A taxa do Brasil anualizada esperada será de 8,08% com a nova alta de 0,5 p.p. da Selic promovida pelo Banco Central nesta 4ª feira (6.nov.2024). O levantamento foi feito pelo economista Jason Vieira, da consultoria MoneYou.
O percentual brasileiro fica atrás só da Turquia e da Rússia. Desceu uma posição em relação a 18 de setembro, quando foi realizada a reunião anterior do Copom (Comitê de Política Monetária)
O ranking é feito com base na estimativa “ex-ante”, quando as alíquotas anualizadas são estimadas com base nas estimativas da taxa básica e a inflação estimada para os próximos 12 meses.
A posição do juro real brasileiro no ranking mundial é uma das principais queixas dos aliados do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na política monetária. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi constantemente criticado pelo presidente desde 2023.
Apesar disso, o futuro chefe da autoridade monetária, Gabriel Galípolo, já sinalizou que tomará decisões técnicas e descompromissadas em relação aos juros. Segundo economistas, ele realmente deve seguir esse caminho –ao menos a curto prazo.