Economistas consultados pelo Banco Central revisaram suas projeções para a inflação e a cotação do dólar em 2024. A expectativa é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre o ano em 4,55%, ultrapassando o limite superior da meta de 3% estabelecida pela instituição. Esta é a primeira vez em 2024 que a previsão de inflação supera o teto, com um aumento contínuo desde 15 de julho, quando a expectativa era de 4%. Além disso, os analistas ajustaram a previsão do IPCA para 2025, passando de 3,99% para 4%. As estimativas para os anos seguintes foram mantidas, com 3,6% para 2026 e 3,5% para 2027.
O IPCA-15, indicador que mede a inflação, registrou uma alta de 0,54% em outubro, acumulando 4,47% nos últimos 12 meses. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou confiança de que a inflação se manterá dentro da meta, enquanto o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, observou que o resultado do IPCA-15 foi inferior ao esperado. A previsão para a cotação do dólar também foi ajustada, agora estimada em R$ 5,45.
A expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) também foi revista, subindo de 3,05% para 3,08%. As projeções para os anos seguintes permanecem inalteradas, com 1,93% para 2025 e 2% para 2026 e 2027. A taxa Selic, por sua vez, continua prevista em 11,75%, com a possibilidade de um aumento de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).