O Pix vai passar por algumas mudanças em novembro.
Seu Salvador, aposentado, ainda trabalha para dar conta de tanta despesa. Agora, o aperto pode piorar. Ele caiu em um golpe.
O idoso diz que invadiram a conta dele, fizeram um empréstimo e também usaram dinheiro do cheque especial para fazer um Pix de quase R$ 2.700.
Ele fez boletim de ocorrência e espera o banco analisar o pedido de estorno.
“Eu me sinto um trapo. Porque a vida toda eu trabalhando, já enfrentei tantas barreiras, para cair nisso agora”, disse o aposentado Salvador Dias de Andrade.
Para tentar diminuir golpes e fraudes, o Banco Central tem uma nova regra para o Pix.
O cliente que tiver um celular ou computador novo ou for usar o Pix pela primeira vez, vai ter um limite de R$ 200 por operação – R$ 1.000 por dia.
Para transferir valor maior só cadastrando o novo aparelho no banco. Agora, se você não for trocar de celular ou computador, nada muda.
A novidade começa a valer em novembro.
“Essa fragilidade ocorria porque, ao fraudador ter acesso aos dados da conta e a senha para poder acessar um aplicativo, ele, através de um outro celular, conseguia ter acesso a todo o limite do Pix, então, a partir de agora, sem esse cadastro, os valores transnacionados para fazer um Pix ficam limitados”, de acordo com Ivo Mósca, diretor de inovação, produtos e serviços da Febraban.
“Então, a gente imagina que isso minimamente vai diminuir os grandes valores envolvidos em termos de fraude e vai impedir que clientes sejam lesados com valores financeiros muito maiores por terem os seus acessos ou dados de senha e dados transacionais furtados pelos fraudadores”, concluiu.