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Pente-fino do INSS corta mais da metade dos auxílios analisados e gera economia de R$ 1,3 bilhão

O pente-fino realizado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) resultou no corte de 55% dos auxílios-doença revisados até o momento, de acordo com dados da Previdência Social. Iniciado no final de julho de 2024, o processo de revisão, que contou com perícias médicas, analisou 238 mil benefícios, dos quais 133 mil foram cancelados.

A revisão gerou uma economia de R$ 1,3 bilhão para os cofres públicos, valor que o governo teria pago até o fim do ano aos segurados que tiveram os benefícios suspensos. O montante economizado representa 44,83% dos R$ 2,9 bilhões que o governo espera economizar ao longo do processo. Ainda faltam ser revisados benefícios que podem gerar uma economia adicional de R$ 1,6 bilhão.

Adroaldo da Cunha Portal, secretário do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), afirmou que o processo de revisão está em consonância com os esforços do governo para equilibrar as contas públicas e é resultado da utilização do sistema Atestmed.

Esse sistema automatizado de concessão de benefícios por incapacidade temporária permite o envio de atestados médicos via a plataforma Meu INSS, sem a necessidade de perícia médica inicial, o que reduziu significativamente a fila de espera.

O pente-fino visa a identificar fraudes e irregularidades, utilizando inclusive inteligência artificial para verificar a autenticidade dos atestados médicos. De acordo com Portal, atestados com a mesma caligrafia e emitidos em curto período de tempo, mas em locais distantes, foram identificados e levados para investigação.

O plano do INSS é revisar até 800 mil auxílios-doença até o fim de 2024, priorizando a perícia médica presencial e o recadastramento de beneficiários de programas como o Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas).

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