O Brasil descarta 40% do lixo urbano que produz de forma irregular. Dos 71,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos coletadas no país, vão para lixões a céu aberto ou inadequadamente soterrados mais de 33 milhões de toneladas. Os números são do SNIS (Sistema Nacional de Informações em Saneamento)
Segundo os dados mais recentes, referentes a 2022, o Sudeste é a região que mais produz lixo urbano no Brasil: 37,5 milhões de toneladas. Do total, foram depositados adequadamente 74,3%.
No Sul, a disposição final dos resíduos urbanos é 71,6% regular. Já no Norte e no Nordeste, só cerca de 37% do volume de lixo teve destinação correta.
Além dos lixões, entra na conta de disposição inadequada os aterros controlados. É um meio-termo entre lixão a céu aberto e o aterro sanitário, em que o lixo é coberto por terra, mas não há impermeabilização do solo ou captação de gases.
Terminou na 6ª feira (2.ago.2024) o prazo estipulado pelo Novo Marco do Saneamento Básico (lei 14.016 de 2020) para que todos os municípios do Brasil tivessem destinação correta do lixo urbano.
Essa é a 3ª vez que o Brasil estipula uma meta de data para fim dos lixões e não a cumpre. O 1º prazo, fixado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (lei 12.305 de 2010), era 2014. Depois, foi adiado para 2020. O tema novamente entrou no Marco do Saneamento, que estipulou uma cronologia para fim das estruturas, que terminava em 2 de agosto de 2024.