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Brasil, México e Colômbia citam ‘controvérsias’ na Venezuela e pedem ‘verificação imparcial’

Os governos do Brasil, México e Colômbia emitiram nesta quinta-feira (1) um comunicado conjunto sobre as eleições venezuelanas ocorridas no último domingo (28). No texto, os países citam “controvérsias sobre o processo eleitoral” e pedem aos agentes venezuelanos “cautela” para evitar o agravamento da situação no país. O documento pede, ainda, a publicação dos dados eleitorais completos das atas de votação. “O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados”, destacam os países. Os últimos detalhes foram acertados mais cedo, em ligação entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, López Obrador, do México, e Gustavo Petro, da Colômbia.

A nota também parabeniza os venezuelanos pelo comparecimento “massivo” às urnas no domingo (28) “para definir seu próprio futuro” e presta solidariedade aos cidadãos do país vizinho. As autoridades locais calculam que 54% dos eleitores participaram do pleito, quantidade superior à observada em 2018, de 46%. O voto não é obrigatório na Venezuela. “Manter a paz social e proteger vidas humanas devem ser as preocupações prioritárias neste momento”, afirmam Brasil, México e Colômbia, ao destacar “absoluto respeito pela soberania da vontade do povo da Venezuela”.

atual presidente Nicolás Maduro foi proclamado vencedor das eleições na segunda (29) pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral), órgão venezuelano responsável pele pleito. O resultado, no entanto, é contestado por parte da comunidade internacional e pela oposição a Maduro. O também candidato Edmundo González, principal nome contrário ao chavista, reivindica vitória e diz ter recebido 73% dos votos.

Em dois dias de protestos contra os resultados da votação, ao menos 16 pessoas morreram, mais de 100 ficaram feridas e 750 foram presas. De acordo com Alfredo Romero, diretor da ONG Foro Penal Venezolano, das 16 mortes, pelo menos cinco foram registradas em Caracas, incluindo dois menores de idade.

Além de Brasil, México e Colômbia, outros países não reconheceram a reeleição de Maduro, como Estados Unidos, Chile e Argentina, além da União Europeia e da ONU (Organização das Nações Unidas). Em pronunciamento nessa quarta (31), o venezuelano se comprometeu a apresentar as atas eleitorais e afirmou que enfrenta uma “tentativa de golpe”.

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