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Fila do INSS no estado do RJ tem mais de 58,4 mil pessoas em espera

A fila de pessoas à espera pela concessão de aposentadoria, pensão ou algum outro tipo de benefício no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pode até ter diminuído, mas os contribuintes continuam esperando meses a fio por uma resposta. Mesmo com o pacote de medidas anunciado pelo governo federal para reduzir o estoque de pedidos, a fila segue com quase 1,3 milhão de pessoas no Brasil aguardando o processamento – no estado do Rio, o número passa de 58,4 mil.

Joseraldo Serra, de 70 anos, vive meses de agonia. O taxista diz que desenvolveu problemas de coluna e teve que abandonar a profissão. Atualmente está à espera da concessão da tão sonhada aposentadoria.

“Infelizmente tive que parar de dirigir. Gosto de conversar com as pessoas, falar sobre a vida e dar conselhos. Mas às vezes a gente é forçado a reconhecer que está ficando velho e pedir arrego. Hoje em dia eu faço uma ou duas corridas por semana para não ficar sem um dinheirinho e ajudar em alguma coisa, porque se depender da autorização de gente que nem me conhece, que não sabe da minha história, vou morrer sem conseguir receber o que é meu por direito”, afirma.

Sem filhos, ele mora na casa de uma sobrinha, que o ajuda financeiramente. “Os documentos mostram que sempre fiz a minha parte, que sou contribuinte. Eles também provam que a minha saúde está mais para lá do que para cá. Enquanto não sai a confirmação a gente acaba sobrevivendo com a ajuda de familiares, mas e quem não tem ninguém? Isso não é justo”, lamenta.

A secretária Gyselle da Silva, de 38 anos, também aguarda o processamento do seu pedido. Há quase um ano espera para receber o salário-maternidade. O pedido foi feito poucas semanas antes do nascimento do filho, hoje com seis meses, mas acabou sendo negado por falha técnica no aplicativo ‘Meu INSS’, impedindo de enviar a documentação completa.

Ela revela que, durante um atendimento presencial, foi orientada a recorrer da negativa, mas até o momento o pagamento não foi liberado.

“Precisei parar de trabalhar por causa da gestação e para cuidar do meu filho. As contas vão chegando, a criança gasta e a gente acaba sem saber o que fazer. Hoje eu conto com a ajuda da minha mãe, mas não é justo ficar sem receber um direito meu por falha deles”, acredita.

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