O Banco Central admitiu, em ata divulgada nesta terça-feira (13), que juros altos impactam emprego e PIB (Produto Interno Bruto). No documento, o Copom (Comitê de Política Monetária) não descarta novas altas da Selic.
“Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho ainda tem apresentado dinamismo, mas observa-se uma incipiente moderação no crescimento”, diz a ata.
Na última semana, o colegiado decidiu aumentar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto percentual, para 14,75% ao ano, o maior patamar desde julho de 2006.
Na ata, o grupo apontou que a política monetária seguindo aumento de juros “tem contribuído e seguirá contribuindo para a moderação do crescimento” econômico.
A pressão no mercado de trabalho contribuiu para a alta da Selic.
“Tanto do ponto de vista de renda, com ganhos reais acima da produtividade, como do emprego, com aumento do nível de ocupação e redução expressiva da taxa de desemprego para níveis historicamente muito baixos, o mercado de trabalho tem dado bastante suporte ao consumo e à renda. Ressaltou-se que a inflexão no mercado de trabalho também é parte do mecanismo de política monetária e deve se aprofundar ao longo do tempo, de modo compatível com um cenário de política monetária restritiva”, detalha o colegiado.