O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse nesta 4ª feira (30.abr.2025) que o programa Crédito do Trabalhador atingiu “quase R$ 10 bilhões” de empréstimos concedidos em 40 dias. A medida foi lançada em 21 de março e é voltada a trabalhadores com carteira assinada.
As instituições financeiras passaram a disponibilizar os financiamentos em ferramentas próprias a partir de 6ª feira (25.abr). Marinho defendeu que o programa ajuda as famílias a adequarem suas despesas.
“Quem entrou no rotativo, entrou numa armadilha. Cartão de crédito, se não for bem usado, ele é uma verdadeira armadilha. […] Esperamos que, com o crédito trabalhador, as famílias possam planejar esse processo de substituição especialmente de dívidas caras por dívida barata”, declarou Marinho a jornalistas.
Marinho também disse que o governo antecipará para 6 de maio a portabilidade do programa. Com isso, quem tiver um empréstimo pessoal em vigor terá espaço para converter o débito para consignado privado de outra instituição automaticamente.
TAXAS MAIORES
Como mostrou o Poder360, as taxas cobradas aos trabalhadores são maiores que aquelas já praticadas pelo mercado. Simulações mostram uma cobrança com variações de 2,8% até 5,97%. Usuários das redes sociais já reclamaram das taxas.
Dados do BC (Banco Central) mostram que a taxa média das operações de crédito consignado do setor foi de 3,02% ao mês em março de 2025. O juro médio não superava 3% ao mês desde novembro de 2022.
A avaliação interna do governo é de que é necessário esperar mais bancos aderirem ao programa para aumentar a competitividade e promover uma redução (mesmo que não tão expressiva) nos juros.