O ministro Fernando Haddad disse que o Brasil está atento ao cenário externo, mas não acredita em recessão no país por causa da guerra fiscal deflagrada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
O que aconteceu
O ministro da Fazenda mantém a previsão de crescimento de 2,5% neste ano. O índice é maior que a estimativa do Boletim Focus divulgado na terça. O documento reúne a expectativa dos agentes econômicos e projeta crescimento de 2%. A declaração foi feita no CNN Talks, evento ocorrido nesta manhã em Brasília.
Haddad afirmou que a economia brasileira cresce um pouco menos em 2025. Ele atribui a situação à desvalorização do dólar e à elevação nos juros para segurar a inflação.
Haddad ponderou que a previsão se baseia no cenário atual. “Eu não vejo risco de recessão no Brasil. Obviamente, nós estamos olhando para a situação atual e temos que observar como as questões geopolíticas vão se acomodar.”
A guerra fiscal é monitorada pelo Ministério da Fazenda. De acordo com Haddad, os desdobramentos da disputa Estados Unidos e China podem ter efeitos negativos na economia mundial e afetar o Brasil.
O ministro considera a situação atual insustentável. Ele justifica a previsão por causa do impacto que o tarifaço de Trump acarreta. Mantido o cenário atual, a guerra fiscal afetará cadeias globais responsáveis por quase metade do PIB mundial.
Haddad usou o termo “novela” para classificar a guerra fiscal. Ele declarou que não é possível prever os próximos capítulos, mas muita coisa vai acontecer. “Nós estamos no começo de uma novela que ainda vai se arrastar por algum tempo.”
Na minha opinião não vai comprometer a projeção de crescimento da economia brasileira feita pelo Ministério da Fazenda, que continua prevendo crescimento neste ano em torno de 2,5%.Fernando Haddad, ministro da Fazenda