O governo do estado do Rio investiu R$ 10 milhões na compra de quatro mil capacetes balísticos para policiais militares. De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Militar, os equipamentos vão proteger os agentes contra projéteis de armas de fogo, estilhaços e explosões, além de amenizar impactos diretos. Os capacetes serão utilizados por policiais lotados em unidades da corporação que atuam em operações especiais, por estarem mais expostos a situações de risco.
Segundo o secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, o número atual de capacetes balísticos já é suficiente para atender à demanda da tropa. A ideia é que os equipamentos sejam utilizados por agentes do Grupamento de Ações Táticas (GAT) e o Patrulhamento Tático Móvel (Patamo).
“Pela natureza da missão, esses policiais estão mais expostos a riscos. Por isso, o nosso setor de logística utilizou esse critério para distribuir os novos equipamentos entre as unidades operacionais, tanto dos batalhões de área quanto dos de operações especiais ou de policiamento especializado”, afirma o coronel Menezes.
Os capacetes têm regulagem para circunferência do crânio e do queixo, e são feitos de aramida, uma fibra sintética de alta resistência, rigidez e estabilidade térmica.
Apesar da importância do item, a corporação ainda enfrenta resistência por parte de alguns policiais em integrar o capacete à rotina. Segundo regulamentação interna da SEPM, o uso do equipamento é obrigatório em missões consideradas de alto risco.
“Mais importante do que a obrigação do uso do capacete é a conscientização dos nossos policiais sobre a importância de incorporar essa cultura, já antiga nas Forças Armadas, mas ainda pouco difundida nas forças de segurança urbana. Temos enfatizado isso nos treinamentos, tanto teóricos quanto práticos: o capacete balístico salva vidas”, reforça o secretário da PM.
A primeira compra de capacetes balísticos ocorreu em 2023. Desde então, segundo a Polícia Militar, os treinamentos ministrados nas unidades do Comando de Operações Especiais (COE) passaram a ser realizados com o uso do equipamento, para que a tropa se familiarize com o acessório e compreenda sua importância.