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Haddad diz que país pode se surpreender positivamente com inflação neste ano

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (24) que o Brasil pode se surpreender positivamente com a inflação neste ano. De acordo com o responsável pela área econômica, há índices, como juros e câmbios, que podem se comportar de forma a melhorar a inflação, que acelerou para 1,31% em fevereiro e alcançou a maior taxa para o mês desde 2003.

“Eu acredito que podemos nos surpreender positivamente [com a inflação]. Em virtude da safra, do comportamento do câmbio, até em virtude do que a geopolítica está nos reservando, que eu penso que é o oposto do que está sendo projetado”, disse Haddad.

“Penso que vamos estar numa situação talvez um pouquinho mais confortável na comparação com o ano passado. Não acredito que vai ser fácil nenhum cenário macroeconômico externo, mas na comparação com o ano passado, eu penso que vai ser um pouquinho melhor. E isso pode ajudar tanto na inflação quanto no trabalho do Banco Central”, acrescentou.

As declarações foram dadas por Haddad em evento promovido por um grupo de comunicação. Para o ministro, há espaço para que índices como câmbio e juros se comportem. Na agenda, o responsável pela área econômica comentou que, no ano passado, o Federal Reserve – o Banco Central dos Estados Unidos – fez uma comunicação errada, que acabou contribuindo para a desorganização das economias mundiais.

Segundo Haddad, o movimento do Federal Reserve não deve se repetir neste ano. Isso se soma ao desenho da geopolítica e a previsão de safra recorde. Esses fatores, na visão do ministro, podem contribuir para o ajuste da inflação no país, de forma que os impulsos inflacionários sejam reduzidos.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação oficial do país acelerou para 1,31% em fevereiro e alcançou o maior índice para o mês desde 2003, quando variou 1,57%. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) teve um aumento de 1,15 ponto percentual em relação a janeiro, quando variou 0,16%.

Porém, a principal vilã da disparada dos preços no mês passado foi a energia elétrica residencial, que está 16,8% mais cara. Esse reajuste no valor do serviço aparece depois de uma queda de 14,21% em janeiro, graças a um bônus repassado pela Usina de Itaipu à conta dos brasileiros.

No mesmo evento, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, sugeriu que o Banco Central estude a possibilidade de retirar do cálculo da inflação itens como alimentos e energia.

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